quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Humaitá pra Peixe: Songoro Cosongo

A tempestade que se abateu sobre o Rio no fim da tarde de sábado não foi capaz de tirar o bom humor dos integrantes do Songoro Cosongo, ou diminuir a tradicional intensidade das apresentações do combo sul-americano nascido nas quebradas de Santa Tereza. As conseqüências da chuva foram sentidas na Sala Baden Powell. O auditório estava praticamente vazio quando a banda entrou no palco. Satisfeitos por estarem tendo a possibilidade de se apresentar fora de seu habitat natural, os integrantes do Songoro Cosongo fizeram um show que tinha tudo para ter sido o baile pré-carnavalesco do Humaitá pra Peixe. Não há referências explícitas, ou instrumentos típicos, do samba carioca. Metais e percussão constituem o alicerce da combinação de ritmos latinos, quentes, dançantes e irreverentes, que caracteriza a sonoridade da banda. Mas, por estar radicado no Rio de Janeiro e circular com sua música no circuito Lapa-Santa Tereza, é natural que o Songoro Cosongo seja também um bloco. Sai na manhã da segunda-feira - concentração às 9h no Curvelo, dia 4 de fevereiro - contribuindo para a renovação do carnaval de rua na cidade ao inserir o componente da diversidade na folia carioca. 

Com tal mistura de referências sonoras e culturais, tentar definir a musicalidade do Songoro Cosongo exigiria um esforço reducionista. O show no Humaitá recomenda àqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-los que não percam a próxima oportunidade.

Confira abaixo reportagem com o Songoro Cosongo realizada minutos antes de eles subirem ao palco da Sala Baden Powell:


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